A sessão desta terça-feira (09), na Câmara de Vereadores, foi marcada pelo clima quente entre os edis da base e da oposição. Um dos temas dominantes foi a greve dos professores da rede municipal, que continua sem solução. Durante os debates, alguns vereadores apoiaram a categoria enquanto outros fizeram questão de afirmar que o movimento não está preocupado com a prestação de serviços aos 20 mil alunos assistidos pela rede, e sim, com ideologias políticas.
Em algumas situações, os ataques pessoais sobressaíram e por diversas vezes, o presidente Reinildo Nery, precisou intervir para controlar a situação. A plateia também se manifestou diversas vezes, o que não é permitido pelo regimento interno da casa.
O vereador Elton Almeida foi uma das figuras centrais. Acusado de deixar uma dívida de R$ 600 mil para a atual gestão, ele argumentou que as contas do período em que foi presidente foram aprovadas pelo Tribunal de Contas. O ex-presidente também chamou alguns vereadores de oportunistas e irresponsáveis, por não se interessarem na solução dos problemas da cidade, e sim, em “aparecer para a torcida”. Por várias vezes ele foi vaiado pelo público e chegou a pedir que o presidente suspendesse a sessão.
Na bancada da oposição, o vereador Nei Vilares voltou a afirmar que a antiga gestão não deixou dívidas para o atual governo e apresentou documentos comprobatórios. O vereador disse ainda que está lá para defender o povo e horas antes das sessões, estuda as pautas e não vai ao gabinete do prefeito pedir orientações como fazem alguns colegas que ele classificou como “capachos”, numa clara referência ao vereador Elton Almeida.
Acalmados os ânimos, os vereadores apresentaram indicações e votaram os projetos incluídos na pauta. Entre eles, um que institui o “Janeiro Branco”, dedicado à realização de ações educativas para a promoção da saúde mental e a criação de uma Campanha de Prevenção aos Acidentes de Trabalho no município.
A próxima sessão da Câmara de Vereadores será terça-feira, dia 16 de abril.