Saúde: Cuidados paliativos Com o advento crescente de doenças crônicas incuráveis e com o envelhecimento da população, surgiu uma nova área de atuação médica denominada Medicina Paliativa. Esta área de atuação médica, que é um ramo de especialidade, visa a prática de assistência ao paciente incurável, com o objetivo de oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum […]

Com o advento crescente de doenças crônicas incuráveis e com o envelhecimento da população, surgiu uma nova área de atuação médica denominada Medicina Paliativa.
Esta área de atuação médica, que é um ramo de especialidade, visa a prática de assistência ao paciente incurável, com o objetivo de oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em pacientes terminais ou em estágio avançado de determinada enfermidade.
Os cuidados paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde em 1990, e recomendados para todos os países como parte da assistência integral ao ser humano, sendo regulamentado no Brasil em 2011 pelo Conselho Federal de Medicina.
São cuidados providos por uma equipe multidisciplinar composta por médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, farmacêutico, biomédico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e algum profissional ligado ao campo religioso.

A equipe deve ter como finalidade o alívio da dor e maximização das habilidades funcionais remanescentes, fazendo com que assim o paciente tenha a maior autonomia e dignidade possíveis, para que ele possa, ao seu modo, se preparar para o fim da vida.
Os cuidados paliativos se iniciaram com a oncologia, mas, atualmente, estão sendo empregados aos portadores de outras doenças crônicas, como diabetes mellitus, cardiopatias, doenças pulmonares avançadas, doenças neurológicas progressivas, síndromes demenciais, doenças renais graves, dentre outras. Mas, ainda hoje, os portadores de doenças neoplásicas malignas são os mais assistidos pelos cuidados paliativos.
Normalmente o doente é admitido no programa de cuidados paliativos na sua residência, sendo encaminhado a unidade hospitalar na vigência de alguma agudização da doença de base ou por entrar na fase terminal com necessidades que só poderão ser ofertadas em ambiente de internação.
Os profissionais envolvidos no atendimento devem enxergar o doente e seus familiares com outros olhos, levando em consideração o nível de entendimento para a utilização adequada de uma linguagem inteligível, ao mesmo tempo em que é dado um atendimento personalizado.
A Medicina Paliativa vem sendo abordada em hospitais por todo o Brasil, bem como tem sido criadas clínicas especializadas nesse tipo de tratamento, inclusive em Salvador.

Dra. Sandra Castello Branco L. Cavalcanti
CRM/BA 12.543
Graduada em 1995 pela Universidade Federal da Bahia

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