Bahia: Monitor da Violência; após 2 anos, quase metade dos casos de mortes violentas segue sem autoria identificada Novo levantamento feito pelo G1 mostra que 51,6% dos 89 inquéritos abertos para apurar as 99 mortes ocorridas no estado de 21 a 27 de agosto de 2017 ainda seguem em andamento, 41% foram concluídos e somente 5% chegaram a ser julgados. Francivaldo Silva, Xaynna Shayuri Morganna, Gabriel da Silva Oliveira, Robson Rocha dos Anjos, […]

Novo levantamento feito pelo G1 mostra que 51,6% dos 89 inquéritos abertos para apurar as 99 mortes ocorridas no estado de 21 a 27 de agosto de 2017 ainda seguem em andamento, 41% foram concluídos e somente 5% chegaram a ser julgados.

Francivaldo Silva, Xaynna Shayuri Morganna, Gabriel da Silva Oliveira, Robson Rocha dos Anjos, José Carlos Cirilo dos Santos Júnior e Hércules Pereira de Jesus nunca tiveram nenhuma relação entre si. Suas histórias, no entanto, compartilham de um mesmo fim trágico: foram assassinados em uma mesma semana de 2017 e os crimes de que foram vítimas permanecem sem nenhuma solução até agora, dois anos depois.

Na semana em que foram assassinados, entre 21 e 27 de agosto daquele ano, a Bahia registrou 99 mortes, cujos inquéritos são acompanhados pelo “Monitor da Violência”, projeto especial do G1 que mapeia o andamento de investigações e processos envolvendo os crimes violentos do período.

Os casos de Francivaldo, Xaynna, Gabriel, Robson, José e Hércules não são isolados. Isso porque, do total de inquéritos abertos pela polícia para apurar as mortes ocorridas naquela semana específica, 51,6% seguem em andamento na polícia e quase metade (40 inquéritos, ou 44% do total) não conseguiu identificar os autores do crime e nem a motivação.

Quarenta a um por cento dos inquéritos foram concluídos e somente 5% chegaram a ser julgados pela Justiça. É o que revela um novo levantamento exclusivo feito pelo G1, agora em 2019.

Em todo o país, foram 1.195 mortes registradas de 21 a 27 de agosto de 2017. Quase a metade ainda segue em investigação na polícia. Só um em cada cinco casos teve uma prisão efetuada, e menos de 5% já têm um condenado pelo crime.

Fonte: G1 Bahia

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