Paralisadas desde março, junto com o início da pandemia, as atividades nas auto-escolas não tem previsão de retorno. Mas, apesar disso, o Sindicato das Auto-Escolas e Centros de Formação de Condutores do Estado, Sindauto Bahia, segue promovendo algumas ações previstas no calendário da instituição.
As informações são do presidente do Sindauto, Wellington Oliveira, 48, que realizou na tarde desta quinta-feira (25) a Carreata Solidária Auto-Escolas do Bem, que levou 42 profissionais da área para doarem sangue, e ajudar um dos setores mais afetados durante a pandemia.
A ação solidária também marcou um outro pedido que a categoria vem pedindo: o retorno das atividades nas auto-escolas. Oby Soares de Amorim, proprietário de uma unidade na região de Matatu de Brotas, e que também fez doação de sangue, acredita que é possível que as atividades sejam retomadas nesses centros, principalmente por eles não causarem aglomeração.
O primeiro passo para essa retomada já foi dado. Em maio, foi publicada a portaria do Detran, que permite que as lições teóricas sejam transmitidas através de tele-aulas, ao vivo, para que os alunos cumpram com a carga horária devida. Wellington entende que o retorno precisa ser progressivo, para que as escolas se estruturem nesse cenário. Quando tudo foi paralisado, 400 auto-escolas foram fechadas, e 36 mil processos de retirada da habilitação foram interrompidos, segundo o Sindauto.
“Não podemos abrir mão dessa questão de segurança, mas a cobrança é alta, as pessoas investem um valor para tirar a habilitação, que pode acabar sendo uma fonte de renda para ela neste momento”, justificou.
Após passarem pelas aulas teóricas, os alunos seguem para a prova feita presencialmente no SAC. Oby acredita que, com a restrição de alunos e horários marcados, é possível concluir este processo. “É preciso deixar claro que não adianta abrir só a auto-escola se não tivermos o SAC, que faça esses processos de agendamento ou comprar laudo”, explica o proprietário.
Sobre as aulas práticas, o entendimento também é de que é possível retomar. O presidente do Sindauto compara às atividades praticadas pelos táxis ou aplicativos, como Uber e 99. “No caso dos aplicativos, os carros podem levar até cinco pessoas, e no caso das aulas na auto-escola, será apenas um aluno e um instrutor por carro, seguindo o plano de ação de saúde”
Segundo Wellington, esse plano de ação prevê medidas de segurança, como a utilização de EPI´s para as aulas práticas e também uma nova forma de atender os clientes. Para isso, foi criada uma plataforma que agenda as aulas e marcações de atividades, com o intuito de manter os alunos em casa.
“Já está testado e aguardando apenas o Dentran para fazer essa interligação”, explicou. Esse plano foi elaborado pouco tempo depois da paralisação, e entregue às secretarias e prefeituras do estado, além de senadores e deputados, mas o presidente informou que a ação não foi desenvolvida.
Sobre a relação com o Detran, Wellington afirma que o sindicato sempre recebeu o apoio do órgão, e que tem recebido ajuda para “retomar com as atividade para tirar a habilitação”, finalizou.
Fonte: Correios