Os vereadores que formam a base do atual prefeito de Luís Eduardo Magalhães foram surpreendidos na sessão ordinária de ontem, terça-feira, 26, com mais um Requerimento assinado pelos vereadores que compõem a base da oposição ao governo, e que também fazem parte da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
O Requerimento, apresentado durante a sessão, é mais uma peça que aparece para surfar na onda da educação, usada pelo presidente da Câmara, vereador Fernando Fernandes, como forma de chantagear o executivo. E quem vem sofrendo, no meio dessa manobra política promovida pela Mesa Diretora da Câmara, são os 21.118 alunos da Rede de Ensino Municipal.
Já chamado de “requerimento chantagista”, ele traz tópicos que parecem surreal. O documento pede, por exemplo, para “averiguar falta de material nas secretarias escolares”. Ou seja, ao invés de se preocuparem em fiscalizar uma reforma que custará R$ 7 milhões, os vereadores querem saber se está faltando clips e papel nas secretarias das escolas.
“Já que a porteira dos requerimentos foi aberta, vou requerer uma investigação sobre a compra do cafezinho na perfumaria vizinha a casa do presidente da Câmara. Essa sim, merece atenção. Ou se não, sobre a reforma que quer gastar R$ 6,2 milhões só em pele de vidro na reforma da Câmara”, disse o vereador Raimundo Nacional Motos.
Apesar do clima tenso e de um Boletim de Ocorrência, registrado na delegacia, a sessão da Câmara de ontem aconteceu dentro da normalidade imposta pelo atual presidente: muito tumultuo, muitas discussões e pouco resultado em benefício da população. A Câmara se transformou num festival de tentativas desesperadas de manobras políticas.