A Bahia é o estado do Nordeste com mais empregadores condenados administrativamente por uso de mão de obra em condições análogas à de escravidão, de acordo com um levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Sete pessoas físicas e duas empresas baianas são citadas pelo órgão federal, que combate a exploração do trabalho em todo o país.
A “Lista Suja do Trabalho Escravo” foi elaborada pelo MTE como um instrumento de política pública que registra todos os empregadores que incorreram no chamado “trabalho escravo contemporâneo” entre 2011 e 2022, conforme levantamento divulgado no último dia 9 de março.
Nesse período, nove empregadores baianos foram condenados pela exploração do trabalho análogo à escravidão: Adilson Bona Vieira; Agropecuária Vallas Ltda.; Arlinda Pinheiro de Souza Santos; Construtora Almeida Pessoa Ltda.; Elza Duran Lourenço; Gilvandro Froes Marques Lobo; Henrique Rubim; José Ancelmo Pereira da Silva; e Marco Antonio da Silva Costa.
Atrás da Bahia no Nordeste, aparecem os estados do Piauí e do Rio Grande do Norte, com oito casos cada; Maranhão, com três empregadores condenados; Ceará, com dois; além de Pernambuco e Paraíba, com um registro cada. Alagoas e Sergipe não tiveram condenações registradas.
À nível nacional, a Bahia é o sexto estado com mais registros de empregadores condenados, atrás de Minas Gerais (55), Pará (14), Goiás (14), Mato Grosso do Sul (13) e São Paulo (11).
Entre 2021 e 2022, a Bahia registrou um aumento de 17,14% no número de trabalhadores encontrados sob exploração do chamado trabalho escravo contemporâneo. Foram 82 pessoas resgatadas de situação trabalhista degradantes no ano passado, contra 70 em 2021.