O dia 22 de abril de 1500 marcou oficialmente a chegada dos portugueses ao território brasileiro, e esse evento é muito conhecido como “descobrimento do Brasil”. A chegada dos portugueses aqui foi um dos momentos mais marcantes das grandes navegações, realizadas por eles durante todo o século XV. A partir desse acontecimento, a presença portuguesa no território foi constante, embora diminuta no início. A partir da década de 1530, medidas colonizatórias foram implantadas aqui.A chegada dos portugueses ao Brasil foi um dos maiores momentos das grandes navegações, processo iniciado pelos portugueses no século XV. As grandes navegações são como conhecemos as expedições exploratórias, organizadas pelos portugueses, no Oceano Atlântico ao longo desse século. Isso só foi possível graças a uma série de fatores.
Primeiro, a unificação territorial. O território nacional de Portugal foi consolidado em 1249, quando o rei d. Afonso III conseguiu conquistar definitivamente Algarve (região sul de Portugal) dos mouros. Outro fator importante foi a estabilidade política que o país experimentou a partir do final do século XIV.
Entre 1383 e 1385, aconteceu no país a Revolução de Avis, responsável por colocar João, mestre de Avis no trono de Portugal. Com essa revolução, a dinastia Borgonha teve fim, e a nova dinastia — a de Avis — iniciou-se. Portugal experimentou uma grande estabilidade política que possibilitou ao país vivenciar um desenvolvimento comercial e tecnológico, o que incluiu o desenvolvimento náutico.Além disso, a localização geográfica de Portugal garantia acesso fácil às correntes marítimas do Oceano Atlântico, e o desenvolvimento comercial de Lisboa tornava a cidade um centro importante. Por fim, a necessidade para encontrar uma nova rota para o Oriente — já que a usual, que passava por Constantinopla, havia sido fechada em 1453 — reforçou a exploração dos oceanos pelos portugueses.
Esses fatores ajudam-nos a entender por que Portugal lançou-se pioneiramente na exploração dos oceanos e por que as grandes “descobertas” do século XV foram realizadas por portugueses. A única grande exceção foi a expedição de Cristóvão Colombo, navegante genovês que chegou à América, em 12 de outubro de 1492, em uma empreitada financiada pela Espanha (Portugal recusou-se a financiar a expedição de Colombo).
No contexto da chegada dos portugueses ao Brasil, Portugal estava desfrutando o auge do comércio de especiarias da Índia — mercadorias oriundas da Ásia, como pimenta-do-reino, noz-moscada, perfumes e incenso, que, por sua raridade no mercado europeu, eram valiosíssimas. A procura por uma nova rota para Índia era justamente para garantir o acesso a essas mercadorias.
Depois que os espanhóis chegaram à América, em 1492, as terras recém-descobertas começaram a ser disputadas por portugueses e espanhóis. Foi dessa preocupação dos portugueses em conter a expansão espanhola que saíram dois acordos: a bula Inter Caetera (1493) e o Tratado de Tordesilhas (1494).
Esses dois dividiram as novas terras entre Portugal e Espanha, e o último estipulou a seguinte divisão: a 370 léguas, a oeste do arquipélago de Cabo Verde, seria passada uma linha imaginária. As terras a oeste dessa linha seriam espanholas, e as terras a leste dessa linha seriam portuguesas.
Além disso, a localização geográfica de Portugal garantia acesso fácil às correntes marítimas do Oceano Atlântico, e o desenvolvimento comercial de Lisboa tornava a cidade um centro importante. Por fim, a necessidade para encontrar uma nova rota para o Oriente — já que a usual, que passava por Constantinopla, havia sido fechada em 1453 — reforçou a exploração dos oceanos pelos portugueses.
Esses fatores ajudam-nos a entender por que Portugal lançou-se pioneiramente na exploração dos oceanos e por que as grandes “descobertas” do século XV foram realizadas por portugueses. A única grande exceção foi a expedição de Cristóvão Colombo, navegante genovês que chegou à América, em 12 de outubro de 1492, em uma empreitada financiada pela Espanha (Portugal recusou-se a financiar a expedição de Colombo).
No contexto da chegada dos portugueses ao Brasil, Portugal estava desfrutando o auge do comércio de especiarias da Índia — mercadorias oriundas da Ásia, como pimenta-do-reino, noz-moscada, perfumes e incenso, que, por sua raridade no mercado europeu, eram valiosíssimas. A procura por uma nova rota para Índia era justamente para garantir o acesso a essas mercadorias.
Depois que os espanhóis chegaram à América, em 1492, as terras recém-descobertas começaram a ser disputadas por portugueses e espanhóis. Foi dessa preocupação dos portugueses em conter a expansão espanhola que saíram dois acordos: a bula Inter Caetera (1493) e o Tratado de Tordesilhas (1494).
Esses dois dividiram as novas terras entre Portugal e Espanha, e o último estipulou a seguinte divisão: a 370 léguas, a oeste do arquipélago de Cabo Verde, seria passada uma linha imaginária. As terras a oeste dessa linha seriam espanholas, e as terras a leste dessa linha seriam portuguesas.