Presidente da Fieb diz que, diante do cenário mundial, indústria baiana deve apresentar baixo crescimento da produção A Bahia é a 7ª economia do país e ocupa o 8º lugar no ranking industrial brasileiro e o 7º da indústria de transformação. Esses números correspondem a fatores para se comemorar nesta quinta-feira (25), quando é celebrado o Dia da Indústria. Entretanto, apesar desses dados, apontados pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia […]

A Bahia é a 7ª economia do país e ocupa o 8º lugar no ranking industrial brasileiro e o 7º da indústria de transformação. Esses números correspondem a fatores para se comemorar nesta quinta-feira (25), quando é celebrado o Dia da Indústria. Entretanto, apesar desses dados, apontados pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o presidente da entidade, Ricardo Alban, diz que a indústria baiana deve apresentar baixo desempenho neste ano. 
 
“A expectativa para este ano é de nível baixo de crescimento econômico no mundo. No cenário nacional, há uma série de dificuldades por parte do setor público no âmbito fiscal e na construção de políticas. Também convivemos com elevadas taxas de juros, que encarecem o crédito e inibem a economia. […] Diante disso, este ano, a indústria baiana deve apresentar desempenho semelhante ao Brasil, com baixo crescimento da produção”, declarou Alban.
 
O presidente da Fieb explica que se tratando estritamente da atividade industrial, o setor vive uma longa crise de competitividade em nível internacional, e no Brasil este quadro se amplifica, com taxas de juros altas, sistema tributário complexo e com carga elevada, infraestrutura deficiente, energia cara, insegurança jurídica, elevada burocracia, entre outros fatores. Com isso, ele avalia que no ano a ano a participação do setor industrial na economia brasileira e baiana cai, configurando um processo acelerado e precoce de desindustrialização.
 
“Em termos setoriais, as perspectivas são de que o setor da Construção Civil, após ter vivido bom momento em 2022, deve desacelerar o crescimento em 2023 por conta dos juros altos. Na Indústria de Transformação, destaca-se o Refino no qual a Acelen tem programas ambiciosos para a refinaria de Mataripe e esse segmento deve continuar em alta”, destacou. 
 
Já em relação ao setor petroquímico, Alban avalia que esse segmento deve apresentar estabilidade na produção, uma vez que não há fato significativo no cenário interno e os preços internacionais estão estáveis nos últimos meses. Outro ponto que chama a atenção é que existem investimentos promissores para a indústria da Bahia, considerando o horizonte de médio prazo, nos segmentos de eólica, solar, mineração, automotivo e na produção de hidrogênio verde.
 
“O Brasil precisa de uma indústria forte, que reduza nossa dependência por bens importados. Para isso, defendemos como fundamental uma política industrial que devolva o dinamismo ao setor, normalmente responsável pelos empregos mais qualificados e pelos avanços tecnológicos mais impactantes”, afirmou.

Fonte : Bahia Notícias

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