“Ela ligou chorando e consolou a família”, diz irmã de José Vicente que teve morte encomendada pela esposa A mulher, de 29 anos, suspeita de ter mandado matar o marido José Vicente de Cerqueira Sena, de 40 anos, na última quarta-feira (6), na cidade de Luís Eduardo Magalhães chegou a ligar para uma irmã da vítima chorando; é o que revela uma reportagem do site Acorda Cidade, de Feira de Santana, cidade onde […]

A mulher, de 29 anos, suspeita de ter mandado matar o marido José Vicente de Cerqueira Sena, de 40 anos, na última quarta-feira (6), na cidade de Luís Eduardo Magalhães chegou a ligar para uma irmã da vítima chorando; é o que revela uma reportagem do site Acorda Cidade, de Feira de Santana, cidade onde reside a família de José Vicente.

O crime – O comerciante era natural de Feira de Santana e morava em LEM há 13 anos. As imagens registraram o momento em que a esposa abre o portão, retira o carro da garagem e leva o suspeito até a vítima, que estava tomando banho. Na ação, José recebeu o primeiro tiro no banheiro e mesmo baleado conseguiu reagir, correndo para fora da casa. Ele saiu sem roupas e o homem continuou a perseguição, contando com a ajuda de outro suspeito que estava aguardando em um veículo na frente do imóvel.

Os homens entram em luta com José, até o momento em que mais uma vez, ele consegue correr até um terreno baldio, sendo alcançado e alvejado com vários tiros. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de LEM, mas não resistiu aos ferimentos. 

A esposa

Segundo a irmã da vítima, Joseane de Cerqueira Sena Silva, José era casado há nove anos com a suspeita. A família ficou sabendo do ocorrido por uma tia da mulher após a ação criminosa.

“Quando nós soubemos do ocorrido, foi a tia dela que ligou para mim às 8h da manhã. Eu comuniquei à minha família. A tia dela falou comigo que tinham invadido a casa de Vicente e que tinham atirado nele, mas que ele ainda estava vivo e o Samu estava levando-o para o hospital. Quando foi por volta de 10h, a tia dela ligou para mim e disse que ele tinha falecido. Não tinha aguentado os ferimentos”, contou ao Acorda Cidade. 

Conforme Joseane, a suspeita ligou para ela muito abalada para contar sobre o ocorrido. No momento do crime, os dois filhos do casal estavam na residência trancados no quarto.

“Quando foi 11h ela ligou chorando, dizendo o que iria ser da vida dela, que ela amava ele, ‘ô  cunhada, o que vai ser da minha vida, os assassinos acabaram com minha vida, dos meus filhos’ e eu pedindo calma”, explicou.

Durante a viagem de Feira de Santana até LEM, para comparecer ao velório, a irmã ainda não sabia que a mulher era suspeita de ser a principal mandante do assassinato. Ela contou que a todo momento elas estavam se consolando.

Quando chegou ao velório, Joseane perguntou pela esposa a uma tia dela, que respondeu que a mesma havia sido detida por questões de segurança.

“Eu falei, bota um advogado para ver o que está acontecendo. Porque ela tem que velar o marido dela. Como pode prender a viúva? Quando foi pela manhã, nas primeiras horas, nós ficamos sabendo que foi ela que tinha sido a mandante do crime. Foi um choque pra família. Porque minha mãe tinha ela como uma filha”, declarou.

Joseane informou ao Acorda Cidade que o crime foi encomendado por R$ 18 mil. A esposa chegou a fazer o pagamento de R$ 4 mil para mandar matar o marido. Pagou R$ 3 mil no dia 4 e mais R$ 1 mil no dia do crime. Os pagamentos foram feitos via PIX.

A irmã de José costumava passar 15 dias em Luís Eduardo Magalhães, pois seu marido trabalhava na cidade. Ela informou que conviveu com o casal e nunca presenciou desentendimento. Ao invés disso, eles eram alegres, saíam com os filhos diariamente.

Segundo os investigadores, a mulher forneceu espontaneamente o aparelho de telefone que continha os vídeos das câmeras da casa do casal. No entanto, ela teria queimado o aparelho de segurança achando que as imagens seriam apagadas, mas não aconteceu. Após análise da polícia, foi constatado o envolvimento da esposa no homicídio. Ela foi presa em flagrante e ao chegar na delegacia acabou confessando o crime.

 

 

Conforme a irmã da vítima, o casal era bem sucedido na cidade, tinha uma loja de confecções e o rapaz tinha veículos que eram usados pela prefeitura. Para ela, os filhos do casal já relataram o que ouviram no dia do crime. 

O casal tem dois filhos, um de quatro e outro de três anos. Além disso, a vítima tinha mais duas filhas de 13 e 16 anos, de outro relacionamento e que residem em Feira de Santana.

“As crianças perguntam mais por ele, porque ele saía com elas, então eles perguntavam mais pelo pai. Eles falam, ‘minha vó, papai vai vir me buscar? E minha mãe fica tapeando. ‘Vem sim, vem sim’. O outro pequeno relata os barulhos o tempo todo. Para eles é alguma coisa assim de bomba, porque na hora do tiro, o banheiro para o quarto do casal não dava nem 20 metros, era bem próximo, então os meninos estavam acordados na hora”, relatou ao Acorda Cidade.

Os assassinos de José Vicente, segundo Joseane, estão foragidos e a mulher estava há 10 dias premeditando o crime.

Família da vítima entrou com pedido de guarda das crianças

Segundo o advogado da família da vítima, Arnaldo Bastos, há indícios de que a motivação do assassinato teria intenção patrimonial. A família entrou com pedido de guarda para cuidar das crianças.

 

“O código fala que toda vez que você pratica atos ilícitos, morais contra honra ou quando você tem atos criminais, é possível gerar a perda do poder familiar. Com base nesse ato que foi cometido, esse ato reprovável, nós estamos requerendo em juízo que seja deferida a guarda provisória a avó, até porque a acusada se encontra encarcerada”, explicou ao Acorda Cidade o advogado.

 

 

FONTE: ACORDA CIDADE

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