Líder do governo vota a favor de PEC que limita STF e gera crise O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, surpreendeu ao votar a favor da Proposta de Emenda Constitucional que limita os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O voto do petista foi decisivo para a aprovação do texto por 52 a 18, que gerou uma forte reação da Corte e uma crise […]

O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, surpreendeu ao votar a favor da Proposta de Emenda Constitucional que limita os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O voto do petista foi decisivo para a aprovação do texto por 52 a 18, que gerou uma forte reação da Corte e uma crise entre os Três Poderes. O senador justificou que a negociação tornou o texto mais palatável, mas admitiu que arrumou um “problemão” com o STF.

A PEC, que impede que ministros do STF possam suspender leis ou atos normativos por decisão monocrática, foi vista como uma retaliação do Congresso à Corte, que tem sido alvo de críticas e ataques de setores bolsonaristas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também votou a favor da PEC, chegou a ameaçar abrir processos de impeachment contra ministros do STF, o que aumentou a tensão em Brasília.

Os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso subiram o tom contra o Senado e defenderam a independência do Judiciário. Eles afirmaram que a PEC é inconstitucional e que fere a separação dos poderes. O presidente do STF, Luiz Fux, convocou uma reunião de emergência com os chefes dos outros poderes para tentar apaziguar a situação.

Para analisar o cenário político, o podcast O Assunto conversou com os jornalistas Gerson Camarotti, comentarista da Globonews e da TV Globo e colunista do g1, e Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da rádio CBN. Eles avaliaram os impactos do voto de Jaques Wagner para o governo Lula, que saiu perdendo com a aprovação da PEC, e para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que saiu ganhando. Eles também comentaram como o Congresso se fortaleceu com a votação, ao representar politicamente o Brasil, que é majoritariamente conservador e não se identifica com o STF.

FONTE: G1

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