Juíza exige ser chamada de Excelência durante audiência em Xanxerê e vídeo viraliza

Um vídeo que mostra uma juíza do trabalho exigindo que uma testemunha a chamasse de Excelência durante uma audiência em Xanxerê, no oeste de Santa Catarina, causou revolta e indignação nas redes sociais. A situação ocorreu no dia 14 de novembro na Vara do Trabalho de Xanxerê e foi registrada por uma das partes envolvidas no processo.

Nas imagens, é possível ver a juíza substituta Kismara Brustolin interrompendo o depoimento da testemunha e pedindo para que ela respondesse a ela com ‘O que a senhora deseja, Excelência?’. A testemunha, que estava em uma feira, ficou em silêncio por alguns instantes, aparentemente assustada, e disse que não entendeu o que foi solicitado.

O advogado que representava a testemunha tentou explicar a dificuldade da mesma em se manifestar, mas foi interrompido pela magistrada, que alegou que ele teria faltado “com respeito”. A juíza, então, determinou a exclusão do depoimento, alegando que a testemunha “não cumpriu com a urbanidade e educação”.

A atitude da juíza, que exigiu ser chamada de Excelência, gerou críticas e repúdio de diversos internautas, que consideraram a postura dela abusiva, autoritária e desrespeitosa. O vídeo foi compartilhado por milhares de pessoas e teve milhões de visualizações em diferentes plataformas.

Diante da repercussão, a OAB de Santa Catarina, por meio da presidente Cláudia Prudêncio, solicitou ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-12), desembargador do Trabalho José Ernesto Manzi, providências sobre a atitude da magistrada com os advogados, partes e testemunhas que estavam na audiência.

Em nota, o TRT-12 se manifestou sobre o caso: “O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região tem como missão realizar Justiça no âmbito das relações de trabalho, contribuindo para a paz social e o fortalecimento da cidadania. A situação observada na audiência ocorrida no dia 14 de novembro na Vara do Trabalho de Xanxerê é um fato isolado e será devidamente apurado pelo TRT-SC, por meio da sua Corregedoria”.

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FOnte: REDAÇÃO