PF prende dois prefeitos durante operação que apura desvio de dinheiro de emendas parlamentares na Bahia Polícias encontraram mais de R$ 3 milhões no apartamento do ex-prefeito de Paratinga Marcel José Carneiro de Carvalho, do PT; Marcel e outros suspeitos de envolvimento no suposto esquema negam as acusações. A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (27) dois prefeitos suspeitos de desviar de dinheiro de emendas parlamentares destinadas para municípios da Bahia. Os […]

Polícias encontraram mais de R$ 3 milhões no apartamento do ex-prefeito de Paratinga Marcel José Carneiro de Carvalho, do PT; Marcel e outros suspeitos de envolvimento no suposto esquema negam as acusações.

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (27) dois prefeitos suspeitos de desviar de dinheiro de emendas parlamentares destinadas para municípios da Bahia.

Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. Em um prédio em um bairro nobre de Salvador mora Marcelo José Carneiro de Carvalho, do PT, ex-prefeito de Paratinga, município do interior da Bahia. Os policiais encontraram mais de R$ 3 milhões no apartamento do ex-prefeito. Além de 13 mil dólares e 16 mil euros. O dinheiro estava guardado em gavetas nos armários.

O ministro do STF, Kassio Nunes Marques, determinou o afastamento de dois prefeitos de municípios baianos: Alan França, do PSB, de Boquira, e Humberto Raimundo Rodrigues de Oliveira, do PT, de Ibipitanga. Eles acabaram presos em flagrante por posse ilegal de arma. O ministro também afastou do cargo Marcelo Chaves Gomes, assessor do deputado federal Félix Mendonça Júnior, do PDT.

O caso tramita no Supremo porque há indícios da participação de deputados federais no esquema.

A operação investiga o desvio do dinheiro de emendas que o deputado Félix Mendonça Júnior destinou a municípios baianos de 2021 a 2024. Segundo as investigações, o assessor do deputado atuava como intermediador nas prefeituras.

Ainda segundo a PF, o esquema envolvia pagamentos de propina para que o dinheiro das emendas fosse liberado. A PF suspeita que o grupo – que incluiria o deputado, o assessor dele, prefeitos e ex-prefeitos – manipulava licitações. Os suspeitos podem responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e peculato – quando o funcionário público usa do cargo em proveito próprio.

O deputado Félix Mendonça Júnior negou que ele ou o assessor tenham cometido irregularidades. O deputado disse que as emendas são solicitadas por prefeitos ou lideranças para serem usadas de forma lícita.

A defesa de Marcel Carneiro afirmou que ele possui vida privada consolidada e respeitada, e que vai mostrar a legalidade da atuação como gestor público.

Alan França pagou fiança e foi libertado. Ele negou qualquer irregularidade na destinação e aplicação de emendas parlamentares.

A PF começou a investigar o desvio de emendas parlamentares destinadas a prefeituras em dezembro de 2024. O esquema teria movimentado mais de R$ 1,4 bilhão.

Humberto Raimundo Rodrigues pagou fiança e foi libertado.

O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa dele.

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