A Terra vai girar ligeiramente mais rápido nesta quarta-feira (9), encurtando a duração do dia em 1,30 milissegundo, segundo estimativas do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS) e do Observatório Naval dos Estados Unidos. O fenômeno marca o primeiro de três dias especialmente curtos previstos para este ano, com os próximos picos ocorrendo em 22 de julho e 5 de agosto.
É a quinta vez consecutiva que esse encurtamento ocorre no mesmo perÃodo entre julho e agosto, contrariando a tendência histórica de desaceleração da rotação do planeta. Embora a variação seja imperceptÃvel para os seres humanos, ela chama a atenção de cientistas que monitoram com precisão o tempo e os movimentos da Terra.
De acordo com a plataforma Time and Date, esse aumento pontual na rotação pode ser influenciado por uma série de fatores, como mudanças no nÃvel do mar, movimentações internas da crosta terrestre e até eventos sÃsmicos. No entanto, o principal elemento responsável pela desaceleração da rotação ao longo dos séculos é a interação gravitacional com a Lua, que se afasta gradualmente da Terra, exigindo um ajuste no equilÃbrio angular do planeta. Essa desaceleração é estimada em cerca de 1,8 milissegundo por século.
Ao longo da história geológica, a duração dos dias já foi bem diferente. Há registros de que, em certos perÃodos, um ano chegou a ter entre 372 e 490 dias, o que indica que os dias eram mais curtos do que as atuais 24 horas.
Apesar de não causar impactos diretos no cotidiano, o fenômeno é monitorado de perto por agências e instituições cientÃficas, pois afeta a contagem precisa do tempo e pode influenciar tecnologias sensÃveis, como sistemas de navegação por satélite e comunicações globais.