Na tarde desta segunda-feira, 11 de agosto, a equipe de reportagem do Hora da Verdade, da Rádio Mundial FM, acompanhou uma operação de fiscalização realizada pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade de Luís Eduardo Magalhães, após a denúncia de um possível crime ambiental na Rua Pernambuco, região central da cidade.
três árvores plantadas ao longo da da calçada apresentaram perfurações feitas por furadeira, onde posteriormente teria sido inserido veneno, caracterizando um atentado contra o meio ambiente. O repórter Weslei Santos esteve no local e registrou a movimentação da equipe técnica, que colheu imagens e informações para subsidiar a investigação do caso.
Segundo o secretário de Sustentabilidade, Kenni Henki, a secretaria trabalha para identificar os responsáveis e entender a motivação do crime, que pode estar ligado a conflitos pelo uso do espaço público.
A região onde ocorreu o ataque às árvores é amplamente ocupada por feirantes ambulantes (camelôs), que instalam suas barracas diariamente para vender produtos como tênis, bonés, redes, tapetes, alimentos e outros itens, utilizando o estacionamento público desde as primeiras horas da manhã até o início da noite.
De acordo com Kenni, essa ocupação tem gerado tensão entre comerciantes estabelecidos e os ambulantes que disputam o mesmo espaço. Empresários da área relatam dificuldades causadas pela obstrução das vagas de estacionamento, o que também foi confirmado por moradores em entrevista à reportagem. Muitos apontam que a presença constante dos camelôs tem dificultado o acesso a lojas, bancos e demais serviços da região.
Durante participação no programa Hora da Verdade, o superintendente da SUTRANS, Adriano Silva, informou que o município está desenvolvendo medidas para organizar melhor o uso do espaço urbano. Entre as ações planejadas estão a definição de horários para carga e descarga, a criação de faixas exclusivas para estacionamento de motocicletas e, sobretudo, a destinação de um espaço adequado — o chamado “camelódromo” — para os ambulantes.
As autoridades continuam apurando se o envenenamento das árvores tem ligação direta com a permanência dos camelôs no local. O caso está sendo tratado como crime ambiental e deve ser encaminhado aos órgãos competentes para investigação e responsabilização dos envolvidos.