Como parte das ações que integraram a programação que comemorou a Semana do Cerrado, entre 8 e 11, o Projeto Nascentes do Oeste, executado pela Aiba e Abapa, iniciou em Barreiras o cercamento das nascentes da cabeceira do Córrego do Tatu e a proteção do trecho inicial do córrego. A ação, realizada em parceria com a Prefeitura de Barreiras, por meio das secretarias de Meio Ambiente, Agricultura, Educação e Infraestrutura, além da Embasa e da própria comunidade do Tatu, teve por objetivo restaurar a vegetação nativa da Área de Preservação Permanente (APP) e impedir o livre acesso do gado.

Também estão em construção paliçadas em áreas de maior fragilidade, com foco no controle de processos erosivos que comprometem a qualidade e a quantidade da água. “Esta iniciativa surgiu a partir da mobilização da própria comunidade do Tatu, que há anos enfrenta a drástica redução de cerca de 80% da vazão do córrego, aguardando o período das chuvas. Uma realidade que se contrasta com o cenário de 20 anos atrás, quando o córrego garantia abastecimento para as famílias, irrigava lavouras, matava a sede dos rebanhos e contribuía durante todo o ano para a vazão do Rio Grande”, comenta o coordenador do projeto, Artur Ribeiro, que ainda aponta o trabalho de cercamento e demais intervenções como um passo importante para a recuperação do Córrego do Tatu, para o resgate de sua função ecológica e o valor histórico para a comunidade.

Programação em Cotegipe

Já em Cotegipe a Semana do Cerrado foi marcada por importantes ações de preservação ambiental do Projeto Nascentes do Oeste, voltadas à recuperação de 20 nascentes que compreendem a Cabeceira do Córrego do Borrachudo, iniciativa em parceria com a Prefeitura Municipal, Secretaria de Meio Ambiente, Embasa e moradores da comunidade. Entre as medidas adotadas, o fornecimento de estacas e arames para o início do cercamento de 3.022 quilômetros ao redor das Áreas de Preservação Permanente (APPs) das nascentes, ação essencial para restringir o acesso do gado e favorecer a restauração da vegetação nativa.

“Com o apoio de maquinário cedido pela Embasa, foram ainda construídas nove caixas de infiltração em áreas identificadas como fontes de sedimentos, estruturas utilizadas para conter os processos erosivos que, ao longo dos anos, contribuíram para o assoreamento do Córrego do Borrachudo”, acrescenta Artur. As ações representam um avanço significativo para a conservação hídrica, a valorização do Cerrado e do compromisso conjunto entre instituições e comunidade na proteção dos recursos naturais e para o desenvolvimento sustentável na região.

Ascom Aiba – 15.9.2025