A recém lançada pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pode não ir muito longe. Durante sua participação em um culto evangélico na Comunidade das Nações, em Brasília, neste domingo (7), ele confessou que pode desistir da disputa à Presidência da República, mas que isso “tem um preço”.
“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Eu vou negociar. Eu tenho um preço para eu ir até o fim. Só que eu só vou falar para vocês amanhã”, falou.
Ele também afirmou que vai se reunir com lideranças políticas de partidos de direita e centro para tratar do tema. “Vamos conversar amanhã com Valdemar [Valdemar Costa Neto, do PL], com Rueda [Antônio Rueda, do União], com Ciro Nogueira [PP], o Rogério Marinho [PL-RN], que é o nosso líder e vamos fazer o convite também ao Marcos Pereira [Republicanos] nesse primeiro momento”, acrescentou.
Ao ser questionado por jornalistas sobre qual seria o “preço” para retirar a sua candidatura, ele sugeriu que seria a pauta da anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando perguntando objetivamente se seria essa a questão, ele respondeu: “Tá quente, tá quente”.
Ele também cobrou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do senado, Davi Alcolumbre (União-AP). “Eu espero que a gente paute, esta semana, a anistia Eu espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram aquilo que eles prometeram para nós, quando eram candidatos ainda, de que pautariam a anistia, e deixar o ‘pau cantar’ no voto no plenário”, disparou.
Apesar de já falar em desistência da candidatura lançada na última sexta-feira (5), o senador Flávio Bolsonaro também abordou algumas das estratégias para a corrida eleitoral.
Sobre a busca por apoio, ele falou que busca reunir aqueles que acreditam que ele vai vencer a disputa. Ele ainda disse que esse é o momento para cada liderança mostrar se está do lado dele e “demonstrar lealdade ao Brasil”.
Ele também falou que a população e o mercado vão poder conhecer “um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado”.