IBGE REVELA: CORRENTINA ESTÁ ENTRE AS MAIS RICAS DA BAHIA E ENTRE AS MAIS DESIGUAIS Dados do IBGE mostram que, apesar do PIB per capita superar R$ 100 mil, quase metade da população de Correntina vive com menos de meio salário mínimo. Os números não mentem, mas revelam uma verdade desconfortável para o município de Correntina. A análise dos indicadores de Trabalho e Rendimento do IBGE mostra que a “capital […]

Dados do IBGE mostram que, apesar do PIB per capita superar R$ 100 mil, quase metade da população de Correntina vive com menos de meio salário mínimo.

Os números não mentem, mas revelam uma verdade desconfortável para o município de Correntina. A análise dos indicadores de Trabalho e Rendimento do IBGE mostra que a “capital do agronegócio” no oeste baiano é marcada por um abismo social, a riqueza gerada pelas grandes fazendas e pelo PIB bilionário não chega ao bolso da maioria dos cidadãos.

O dado mais alarmante do IBGE revela que 47,8% da população de Correntina possui rendimento mensal per capita de até meio salário mínimo. Isso significa que quase 16 mil pessoas vivem em condições de vulnerabilidade social em uma cidade que é referência econômica na Bahia.

Este número contrasta severamente com o subsídio Bruto de alguns políticos, mencionado em debates recentes como sendo superior a R$ 30 mil, evidenciando que a elite política e econômica do município vive uma realidade completamente alheia à de metade dos moradores.

A taxa de ocupação formal em Correntina é de apenas 14,3% da população total. Cerca de 4.630 pessoas possuem carteira assinada ou emprego público estável, entre os que estão no mercado formal, a média salarial é de 2,7 salários mínimos. Embora esse valor médio pareça alto para o interior da Bahia, ele é puxado para cima pelos altos salários do setor público e gerentes do agronegócio, mascarando a realidade de quem trabalha no comércio local ou na agricultura familiar sem registros oficiais.

Correntina ocupa a 6ª posição no ranking estadual de PIB per capita, com o valor estratosférico de R$ 101.729,95 por habitante/ano. Se dividíssemos toda a riqueza produzida em Correntina igualmente, cada cidadão (do bebê ao idoso) deveria ter mais de R$ 8.400,00 por mês. No entanto, como vimos, quase metade da cidade não tem sequer R$ 700,00 para passar o mês.

Os dados de Trabalho e Rendimento provam que o crescimento econômico de Correntina é excludente. O município gera bilhões em soja, milho e algodão, mas o mercado de trabalho local é estreito e a riqueza fica concentrada.

Para o cidadão que cobra transparência no SAAE e melhorias na educação, os números do IBGE são a prova documental de que há dinheiro no município, mas o que falta é a conversão desse PIB em salários dignos e serviços públicos que alcancem os 47% que hoje vivem na precariedade.

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