Diariamente, um grande número de moradores têm buscado atendimento na Unidade de Controle do COVID-19 (UCC), em Luís Eduardo Magalhães, mas segundo os pacientes, a unidade não tem realizado os testes rápidos para identificar a doença.
Conversamos com médicos da rede particular e com o Secretário de Saúde do município para saber quais os procedimentos e protocolos para a realização do teste na UCC e clínicas particulares.
Segundo Dr. Felipe Melhem, os testes existem, mas devido a uma recomendação do Ministério da Saúde, os protocolos médicos devem ser seguidos fielmente para evitar falsos resultados e relatou também a dificuldade de testar todos os pacientes com sintomas gripais. “O Ministério da Saúde fez uma portaria orientando todos os municípios de todo o Brasil para não fazermos o teste rápido e para considerar aqueles pacientes com COVID-19, afastá-los por 14 dias e já entrar com a medicação para o tratamento de COVID”, comentou o Secretário.
O Médico geriatra e clínico geral Dr. Américo Carvalho falou sobre a utilidade dos testes e relata as mesmas dificuldades em clínica particular. “Os testes rápidos, a priori, deveriam ser testes de triagem e não testes de confirmação”, afirmou.
Além de não ter testes disponíveis para toda a população, os resultados são demorados e acabam influenciando no tratamento do paciente, que muitas vezes toma medicamento por conta própria, correndo risco de agravar outros problemas de saúde, como explica o cardiologista Dr. Daniel Lago. “Ele vai estar num estado físico mais debilitado, que inclusive infelizmente vai facilitar que ele desenvolva as formas mais graves da COVID-19 e devemos reforçar isso à população. Os pacientes devem realizar o acompanhamento das doenças crônicas”, declarou o cardiologista.
Ouça a reportagem elaborada por Cleu Fegally para esclarecer os motivos da falta dos testes e justificativas dos profissionais da saúde de nosso município.