LEM:  Parque Vida Cerrado promove segunda campanha de captura do Projeto Conecta Cerrado. Iniciativa permitirá, a partir da obtenção de dados sobre o estado de saúde, as doenças circulantes e a interação dos animais silvestres, avaliar a efetividade das áreas preservadas da região Oeste da Bahia O Parque Vida Cerrado – primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental – promove, em propriedades rurais […]

Iniciativa permitirá, a partir da obtenção de dados sobre o estado de saúde, as doenças circulantes e a interação dos animais silvestres, avaliar a efetividade das áreas preservadas da região Oeste da Bahia

O Parque Vida Cerrado – primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental – promove, em propriedades rurais dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, a segunda campanha de armadilhamento e captura do Conecta Cerrado. O projeto, que avalia o estado de saúde, as doenças circulantes e a interação dos animais silvestres a partir do levantamento de fauna nas reservas legais e APPs, em especial das fazendas ligadas à produção de soja, traz nesta etapa uma novidade: a ampliação das espécies e das ações que são alvos de observação da pesquisa.

Além do lobo-guará, que é o principal detetive ecológico do projeto por ser considerado um jardineiro do Cerrado, de extrema importância para a manutenção das áreas verdes e do equilíbrio ambiental, esta etapa deve estender suas ações a outros canídeos silvestres, como raposinhas e cachorros do mato e, também, aos animais domésticos que vivem nas propriedades rurais. “O objetivo é somar esforços aos resultados da primeira campanha, aumentando o número de indivíduos avaliados e a área de observação. Incluindo animais de espécies com grande ocorrência nos locais de investigação, nós conferimos mais segurança aos resultados. Nas propriedades rurais, vamos investigar as possíveis doenças que circulam entre os animais domésticos, que são portas de entrada para diversas doenças e que podem exterminar uma população selvagem em caso de transmissão”, explica a médica veterinária e líder de fauna do projeto, Paula Damasceno.

Para alcançar os resultados pretendidos, a equipe fará a captura, a coleta de sangue para realização de diversos exames clínicos e físicos com a finalidade de verificar o estado de saúde e as doenças circulantes e a colocação de rádios colares para monitoramento por GPS (excepcionalmente nos lobos-guarás, já que os colares são específicos para a espécie), com o objetivo de avaliar a interação dos animais na paisagem e a efetividade das áreas protegidas. Além dessas ações, o projeto também busca conscientizar acerca da importância do estado de saúde dos animais domésticos que, muitas vezes, é negligenciado por falta de informação e interfere no bem-estar de toda a fauna silvestre. A pesquisa vai permitir, a partir dos dados obtidos, a proposição de uma política sanitária, com campanhas específicas de vacinação e vermifugação.

Através desta iniciativa será possível identificar corredores ecológicos, apontar áreas com potencial para ampliação e estimular a conectividade dos remanescentes florestais. Além da restauração de áreas degradadas e da criação de novas unidades de conservação, o projeto prevê a implantação de sistemas agroflorestais, estruturação e fortalecimento da cadeia da restauração, disseminação do conhecimento técnico-científico, implantação e funcionamento de um viveiro referência na produção de espécies nativas e reestruturação da rede de coletores de sementes de Luís Eduardo Magalhães.

O projeto deve tornar-se um modelo de negócio referência na restauração florestal e na obtenção de metodologias para avaliações de áreas prioritárias a longo prazo para a sustentabilidade rural e a conservação da biodiversidade do Cerrado. “A diversidade de fauna é um dado importante para entender a qualidade das áreas de conservação da região. Essas áreas só cumprem o seu papel, integralmente, se de fato o animal também faz uso dela. Temos uma população significativa para a espécie e entender como eles interagem com a paisagem do Oeste da Bahia nos ajudará a compreender a necessidade de conectar fragmentos de vegetação”, explica a bióloga do Parque Vida Cerrado, Gabrielle Rosa, responsável pela coordenação das ações e monitoramento do projeto.

Conecta Cerrado

O projeto, pioneiro na região Oeste da Bahia, é financiado pela iniciativa global Parceria para o Bom Desenvolvimento (The Good Growth Partnership) e executado no Brasil pela Conservação Internacional em parceria com o Instituto Lina Galvani e Parque Vida Cerrado. Conta ainda com a transferência de expertise em captura e monitoramento de fauna do Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais (Pró-Carnívoros) e apoio técnico do ICMBio-CENAP e UnB.

H.Steffens Comunicação Empresarial / Heloíse Steffens
Assessoria de imprensa / Parque Vida Cerrado
77 99979-9241 / 9988-9641 / 99805-1298 – www.vidacerrado.org.br

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