Em Luís Eduardo Magalhães, no ano de 2021, 26 mulheres caíram da escada e 20 bateram o rosto no armário. Uma mulher foi acidentalmente morta pelo seu companheiro, e mais duas quase morreram também pelas mãos de pessoas as quais confiavam.
Além de 22 mulheres que precisaram recorrer à Justiça para se manterem vivas, através das medidas protetivas.
Mesmo com os esforços do Centro de Atendimento à Mulher (CAM), uma iniciativa da Prefeitura, em parceria com a Secretaria de Segurança, Trabalho e Assistência Social e Saúde, uma mulher foi vítima de feminicídio no mês de junho. O número ainda é menor do que no ano passado, quando foram registrados dois casos.
O CAM já realizou 675 atendimentos até o dia 02 de agosto. São casos de agressão física, psicológica e patrimonial. O atendimento no CAM é multidisciplinar, com psicóloga, advogada e assistente social.
“É um espaço destinado a oferecer acolhimento e atendimento humanizado às mulheres que se encontram em situação de violência, proporcionando atendimento psicológico, social, orientação e acompanhamento jurídico necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher”, pontuou a coordenadora do CAM, Nara Apolinário.
Agosto Lilás
Segundo Nara, um importante marco foi a Lei nº 14.188 de 2021, que altera a Lei Maria da Penha, e insere no Código Penal a violência psicológica como crime.
“É mais um ganho para todas as mulheres. Então você, mulher, não deixe que a violência psicológica se transforme em violência física. Você mulher também poderá fazer a denúncia contra a violência psicológica, que o agressor responderá como crime”, pontuou.
Nesse mês de conscientização, é importante lembrar o papel de todos na prevenção e denúncia desses casos. “Precisamos todos nos unir contra esse tipo de crime, que não escolhe classe social. Temos que nos comprometer para que essa realidade mude”, ressaltou a secretária de Trabalho e Assistência Social, Scheilla Bernardes.
Papel fundamental da Secretaria de Segurança
A Secretaria de Segurança do município tem um papel primordial junto ao CAM. Desde o primeiro atendimento, até a solicitação das medidas protetivas.
“A gente dá apoio na condução das vítimas até o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para fazer o exame de corpo de delito, acompanhamento nas residências e nas mediações de acordo. A nossa equipe também oferece o apoio jurídico, fazendo mediação de acordo, dando entrada em processo, fazendo solicitação de medida protetiva”, explicou o secretário de Segurança, João Paulo Nascimento.
Denuncie/ Ligue: 180
CAM (77) 9 9701-1617