Preço da gasolina cai pela 3ª semana seguida, mas segue acima de R$ 7,20 Defasagem média da gasolina em relação ao mercado internacional já está em 20% e a do diesel, em 14%, segundo a Abicom (associação dos importadores) Há 87 dias sem reajuste da Petrobras, a gasolina vem registrando ligeira queda de preço nos postos há três semanas seguidas, apontam dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural […]

Defasagem média da gasolina em relação ao mercado internacional já está em 20% e a do diesel, em 14%, segundo a Abicom (associação dos importadores)

Há 87 dias sem reajuste da Petrobras, a gasolina vem registrando ligeira queda de preço nos postos há três semanas seguidas, apontam dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço do diesel também vem cedendo.

 

Apesar das quedas em ambos os combustíveis, a gasolina segue bastante acima dos R$ 7 e é encontrada em alguns municípios perto dos R$ 8,50 o litro, enquanto o diesel se mantém na casa dos R$ 7 na média nacional.

 

O preço médio da gasolina fechou a semana passada em R$ 7,218 o litro (uma leve queda de 0,4% em relação à semana anterior e de 1% desde 14 de maio). Já o do diesel cedeu 0,5%, para R$ 7 o litro do tipo S10 (que é menos poluente)

 

O maior preço para a gasolina encontrado foi de R$ 8,490 e o menor, de R$ 6,180 (ambos na região Sudeste), segundo os dados da ANP, que coleta informações dos combustíveis semanalmente em todo o país.

 

Defasagem internacional

 

A defasagem média da gasolina em relação ao mercado internacional já está em 20% e chega a 22% em alguns portos brasileiros, segundo dados da Abicom (associação dos importadores).

 

Já a do diesel está em 14% em média, mas chega a 16% no porto de Araucária (PR). A defasagem do combustível é menor por estar há menos dias sem reajuste (28, contra 87 da gasolina).

 

Concorrência maior

 

“Tivemos um pico de preços do [etanol] anidro que encareceu a gasolina C”, afirma Paulo Miranda, que era presidente da Fecombustíveis e deixou a entidade no mês passado, pois o preço do etanol tem caído nas últimas semanas (e o combustível é adicionado à gasolina).

 

“Também, quando o preço fica muito tempo sem reajuste, estimula muito a competição, porque o cliente já sabe quanto cada posto cobra e busca o mais barato. Os postos começam a achar que estão perdendo clientes e reduzem a margem”, afirma o ex-presidente da Fecombustíveis.

 

No caso do diesel, Miranda afirma que a mistura do biodiesel não tem tanto peso na composição (só 10%) e o valor dele também é alto no mercado. “Junho está sendo péssimo, o revendedor está reduzindo a margem para ganhar o consumidor”.

 

Para o atual presidente da Fecombustíveis, James Thorp Neto, as decisões dos donos de postos são individuais e muito dinâmicas, principalmente em ambiente de maior competição. “Provavelmente competição ou alteração por parte da distribuição, nosso mercado é muito dinâmico e existem oscilações diariamente da distribuição para com os postos”.

 

Reajustes dos combustíveis

 

A Petrobras não reajusta o preço dos combustíveis desde 10 de maio, quando elevou o preço do diesel nas refinarias em 8,9%, mas segue sob pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já demitiu três presidentes da estatal.

 

Nesta segunda-feira, 6, Bolsonaro disse em entrevista à TV Terraviva que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai resolver a questão dos combustíveis “no tocante a impostos” nos próximos dias. O presidente afirmou também que a intenção do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, é mudar toda a direção da Petrobras, não apenas o Conselho de Administração. (Infomoney).

 

 

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