O perigo da alcoolemia ao volante ficou evidente em 2022, quando o índice de alcoolizados entre os mortos em acidentes de trânsito aumentou no Rio Grande do Sul. Segundo um estudo do Departamento Estadual de Trânsito (DetranRS), 44% dos condutores que perderam a vida nas estradas tinham álcool no sangue, um aumento de cinco pontos percentuais em relação a 2021.
O levantamento foi feito a partir do cruzamento de dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e do Instituto-Geral de Perícia (IGP), que realiza os testes de alcoolemia nas vítimas de acidentes. Foram analisados os casos de motoristas de carros e motociclistas que morreram no local do acidente ou que puderam coletar material para análise. Entre 2018 e 2022, foram 8.083 mortes no trânsito do estado, sendo 4.598 de condutores. Desse total, 3.267 casos (71%) tiveram resultado conclusivo do exame de alcoolemia.
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Os dados mostram que os alcoolizados entre os mortos foram mais frequentes entre os motoristas de veículos de quatro rodas, com 49% de um total de 374 vítimas. Já entre os motociclistas, o percentual foi de 38% de um total de 291 vítimas. Apesar de menor, o índice de alcoolemia entre os motociclistas cresceu 7,8% em comparação aos anos anteriores, quando ficava em torno de 30%.
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O estudo também revelou que os tipos de acidentes mais associados aos alcoolizados entre os mortos foram os tombamentos, com 70% dos casos, seguidos pelas capotagens, com 62%, e pelos choques com objetos fixos, com 61%. As colisões tiveram o menor índice, com 37%.
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Outro fator que influenciou o aumento dos alcoolizados entre os mortos foi o horário dos acidentes. As madrugadas dos finais de semana foram os momentos de maior risco, com 75% dos condutores mortos com álcool no sangue. Nos finais de semana, a alcoolemia entre os motoristas mortos chegou a 60%, a maior marca desde o início do monitoramento.
O DetranRS alerta para os perigos da alcoolemia ao volante, que reduz os reflexos, a coordenação motora e o julgamento dos condutores, aumentando as chances de acidentes graves e fatais. A legislação brasileira proíbe qualquer concentração de álcool na corrente sanguínea dos motoristas, e prevê multas, suspensão da carteira e até prisão em casos de embriaguez ao volante.
Fonte: Portal do Trânsito e mobilidade